Marcelo D2 abriu o verão carioca no Morro da Urca, no dia 6 de janeiro de 2019, domingo, com o show de lançamento da turnê “AMAR é para os FORTES”. Na noite, houve um bate-papo com o D2 e exposição inédita de peças do longa-metragem, apresentado em um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro. O evento, realizado pela Peck Produções, começou às 16h com abertura do projeto Só Pedrada Musical.
Marcelo D2 figura entre os grandes nomes da música nacional contemporânea. Ele trouxe para o Brasil um formato de ópera-rap em obra transmídia que seguiu uma tendência internacional, mas que era inédita no país. No álbum audiovisual todas as canções possuem um clipe, masD2 vai além: o disco é também um filme, que se utiliza do áudio do álbum como trilha sonora.
“É um disco para ver. Esse é meu décimo e, quando me toquei disso, pensei que tinha que fazer algo especial. São dez músicas inéditas. Procurei por alguns meses e a frase ‘amar é para os fortes’ apareceu em uma conversa séria em um bar. Quando ouvi isso fiquei desconcentrado e eletrizado ao mesmo tempo. Botei na cabeça e é o título. Eu queria algo de vanguarda e realmente novo”, explica o cantor.
D2 procurou meios para fazer um trabalho que funcionasse junto ao filme, e também sozinho, como álbum. Para tanto uniu seus talentos como músico, compositor, arranjador e diretor do projeto.
Quase autobiográfico, o filme é uma crônica sonora da realidade carioca com seu cotidiano e dilemas sociais: violência, drogas, amigos, inimigos, família, arte, esperança e amor. Stephan Peixoto, filho mais velho de D2, é “Sinistro”, protagonista ao lade de Beatriz Alves (Choë) e Lorran Saga (Maytor). Sem diálogos, a história segue o ritmo de oito das dez faixas do álbum – que leva o mesmo nome do filme. Com produção de Mario Caldato Jr e participações especiais de Alice Caymmi, Anna Majidson, Danilo Caymmi, Gilberto Gil, Rincon Sapiência, Seu Jorge e Wilson das Neves.
“Sempre amei cinema e depois com a experiência de 16 clipes para 16 músicas último disco, resolvi escrever um roteiro e fazer uma obra de ficção. Vídeos, música, artes plásticas, fotografia e moda…Escrevi o roteiro em muitos lugares, horas e horas no avião, quartos de hotéis, viagens em turnê pela Europa…Eu definitivamente vivi o personagem e quando gravei a demo do disco senti-me na pele do Sinistro, personagem do filme”, relembra Marcelo D2.